Futsal

Resumo da época do Eléctrico FC em futsal, por Francisco Aragonêz:
"O Futsal como a maioria dos desportos é analisado por vezes, de maneira ilógica – quando se ganha está tudo bem, mas quando se perde, tudo está mal.
É esta “irracionalidade” que dá ao desporto, neste caso ao futsal, a “dimensão” que esta modalidade atingiu no nosso país, sendo neste momento a 2º maior em termos de espectadores e praticantes (salvo erro).
No que respeita à equipa do Eléctrico, previa-se no início do campeonato (sem conhecer as equipas que constituíram a série C) que fosse um campeonato complicado. No entanto e segundo as informações que nos chegavam (algumas dúbias, no que respeita à sua fiabilidade), seria um campeonato difícil para subir, pois Ereira e Benfica seria muito forte (veio a registar-se), Burinhosa, União de Leiria, Venda Nova (registavam nos seus plantéis jogadores com experiência de 1ª e 2ª divisão) e Vilaverdense (prometeu imenso numa primeira fase, mas que acabou por descer a sua produção) seriam as equipas candidatas a subir de divisão. No entanto, poderia ser “mais fácil” conseguir a manutenção, em relação ao ano passado.
Os nossos objectivos estavam traçados e eram razoáveis por um lado (manutenção) e ambiciosos por outro (fazer melhor que o 5º lugar da época passada). Assumimos isso, sabendo o que dizíamos e a dificuldade que era atingir esse objectivo.
Nos três primeiros jogos, 1 empate em casa (contra a União de Leiria), 1 vitória (em casa dos Patos) e 1 derrota na “casa” do Vilaverdense, que se apresentou nesse jogo demasiado forte. Seguiu-se um empate em casa com a Benedita (após estar a perder 4-0 ao intervalo, a equipa consegue o 4-4 final), um empate a 2 no Cacém (estivemos a vencer até 20 segundos do fim) e uma vitória por 6-1 perante a Granja Ulmeiro, que apesar de goleada, realizou um jogo razoável.
Com cerca de 1/4 do campeonato realizado, a equipa tinha metade dos pontos possíveis (9 em 18) e apresentava um número “anormal” de empates (3). Até ao momento um campeonato normal (sem altos e baixos). O campeonato decorria sem surpresas (boas ou más) no que respeita aos resultados.
Seguiu-se uma derrota na Venda Nova (nem sequer discutimos o jogo, tal a superioridade do adversário), uma grande vitória e exibição em casa contra a Burinhosa e novamente outra derrota em Lisboa, desta vez com o Portela.
Nas próximas três jornadas, três vitórias seguidas (num calendário mais acessível), antes da derrota em casa do líder, que fechava assim a primeira volta do campeonato. Vencemos em casa o Caldas e Ladoeiro (concorrentes directos na luta pela manutenção) e ganhámos na casa do último classificado, o Coruche.
Terminámos a 1ª volta do campeonato em 5º lugar, a 7 pontos da “linha de água” e a 6 pontos da “subida de divisão”.
Uma boa primeira volta, que não é melhor nem tem mais significado, porque não conseguimos vencer adversários considerados como favoritos (excepção feita à vitória sobre a Burinhosa). No entanto, a equipa cumpria o principal objectivo, que era encontrar-se fora da zona de descida.
Depois de observados todos os adversários, fiquei com a sensação que muito dificilmente não nos manteríamos na 3ª divisão de futsal e que seria muito difícil chegar ao 2º lugar (como previsto no início do campeonato). No entanto, confesso que tinha esperanças em conseguir bons resultados nas próximas jornadas e assim embalar para uma excelente 2ª volta, que permitisse “sonhar” com a subida de divisão.
Uma derrota em casa da União de Leiria, onde o jogo esteve sempre controlado, onde inclusive, sofremos um golo em superioridade numérica, uma vitória em casa com os Patos (reviravolta nos últimos minutos) e um empate (que também soube a pouco) com o Vilaverdense em casa, diminuíam as esperanças que tinha em “dar” uma enorme alegria aos adeptos do Eléctrico.
Externato da Benedita e Granja Ulmeiro fora e Unidos de Cacém em casa, eram jogos que teríamos de ganhar para continuar a pensar em acabar nos primeiros lugares. Ganhámos os dois últimos, mas perdemos na Benedita.
Com 7 jornadas por jogar, a equipa encontrava-se em 7º lugar e a 9 pontos do 2º classificado, embora estivesse apenas a 4 do 3º lugar. A manutenção garantida era uma questão de tempo, visto termos mais 12 pontos que o 10º classificado.
A partir desta altura aconteceu o melhor registo da época. A somar às duas vitórias anteriores, a equipa do Eléctrico teve mais 6 jogos sem perder (ao total esteve 8 jogos sem perder, conseguindo 6 vitórias e 2 empates em casa).
À medida que este bom registo ia acontecendo, as esperanças de acabar no 2º lugar eram escassas ou nulas, mas aumentavam as hipóteses de chegar ao 3º lugar (ainda que indirectamente, pode dar acesso à segunda divisão, caso exista alguma desistência na 1ª ou 2ª divisão).
Infelizmente na penúltima jornada e mesmo vencendo o nosso jogo, ficamos a saber que o melhor que iríamos conseguir era o 4º lugar. Classificação que me honra muito e que acima de tudo, dignifica e espelha o trabalho e empenho dos atletas e da restante estrutura do clube.
O objectivo da época foi alcançado, a ilusão de atingir outro patamar não. Dificilmente acontecerá o que aconteceu o ano passado, quando o Cascais subiu à segunda divisão, mesmo ficando em 4º lugar no campeonato da terceira divisão, resultado de muitas desistências.
Poucas coisas negativas estiveram presentes nesta época.
Destaco alguns dos principais acontecimentos positivos e que marcaram esta época desportiva: a principal – o grande espírito de união e de grupo, no verdadeiro significado da expressão. Houve momentos da época em que saía tudo bem. As estratégias utilizadas, os jogadores que eram colocados em campo, a previsão do jogo – tudo saía bem e de acordo com o planeado. Cada jogador sabia o que fazer e caso não o conseguisse, haveria alguém para ajudar e confortar. A empatia entre os adeptos e a equipa foi clara ao longo da época e ajudou imenso, neste bom desempenho da equipa de Ponte de Sor.
A capacidade de gerir jogos com um maior grau de dificuldade fora de casa, aumentou com o passar das jornadas. Exibições em Leiria (apesar da derrota), Burinhosa, Caldas e até mesmo em Ereira, mostraram que esta equipa joga melhor fora, do que jogava até à pouco tempo.
Por fim, destaco a competitividade da equipa, que em minha opinião aumentou. Apenas em uma ocasião, a equipa não conseguiu “disputar” o encontro com o adversário.
Não posso deixar de passar a oportunidade para enviar alguns agradecimentos: quero agradecer ao Sr. João Valente que deu imenso destaque à nossa equipa no seu blog e nos acompanhou em alguns jogos, bem como a outros meios de comunicação, que deram destaque ao grande desempenho da nossa equipa.
Quero agradecer o empenho e dedicação dos atletas, directores, treinador adjunto e restantes colaboradores da equipa, que directa ou indirectamente ajudaram ao sucesso verificado esta época.
Ainda, agradecer o apoio verificado ao longo da época, pelos sócios e simpatizantes do Eléctrico, que sempre se mostraram estar com a equipa, nos bons e maus momentos.
A todos o meu obrigado e referir, que o sucesso da época deve ser repartido por todos."


Futsal

Verifica-se que o recente Comunicado Oficial n.º 48 de 07.06.2011 da AF de Portalegre, dá pela primeira vez na história das competições distritais de Portalegre, abertura para a realização de competições (Campeonato e Taça) para além de Seniores Masculinos.
Agora e até 15 de Julho as colectividades desportivas podem inscrever-se nas categorias de Seniores Femininos, Júniores, Juvenis, Iniciados, Infantis e Benjamins.
Fazemos votos que tenha havido um trabalho prévio quer da AF Portalegre, quer de Clubes para que esta fase de arranque seja um verdadeiro tiro de partida.
Deixamos este espaço aberto para as novidades que possam surgir.